domingo, 29 de agosto de 2010


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sábado, 21 de agosto de 2010

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domingo, 15 de agosto de 2010

REPORTAGEM AGÊNCIA MINAS

VI ENCONTRO MINEIRO DAS CEB`S EM MONTES CLAROS



Para Revers, "estamos em um momento delicado, no que se refere às eleições. Temos de recuperar elementos político-partidários que nos foram roubados. A figura central das eleições é o marqueteiro e o candidato é sua mercadoria. Não estão em questão projetos e sim fantasias do belo. Os marqueteiros vendem os candidatos e não discutem problemas. A política virou balcão de negócios”, criticou. A primeira parte das ações do segundo dia do Mineiro das CEBs no Eixo Ecológico foi finalizada com a apresentação cultural de adolescentes autores de atos infracionais do sistema sócioeducativo da Secretaria de Estado de Defesa Social.

Coordenador de Oficinas de Arte do sistema, Olívio Rocha Cerqueira, que liderou a Equipe de Ornamentação neste Eixo, mostrou iniciativas com os adolescentes que criam novas perspectivas e tornam esses jovens mais sensibilizados quanto à questão da re-inserção e responsabilidade social. “A arte é o fio condutor de todo o processo”, afirmou Cerqueira. A plateia ficou encantada com o número e aplaudiu de pé os adolescentes. Anilde Dias de Paula comentou a importância do contato dos jovens com manifestações artísticas. “O período da adolescência é decisivo na vida da jovem. Geralmente, coincide com a sua geração de identidade. Os adolescentes podem, a partir de iniciativas como esta, retomarem o seu protagonismo social”, apontou.




O Sono do João

O João dorme... (Ó Maria,
Diz àquela cotovia
Que fale mais devagar:
Não vá o João acordar...)

Tem só um palmo de altura
E nem meio de largura:
Para o amigo orangotango
O João seria... um morango!
Podia engoli-lo um leão
Quando nasce! As pombas são
Um poucochinho maiores...
Mas os astros são menores!

O João dorme... Que regalo!
Deixá-lo dormir, deixá-lo!
Calai-vos, águas do moinho!
Ó Mar! fala mais baixinho...
E tu, Mãe! e tu, Maria!
Pede àquele cotovia
Que fale mais devagar:
Não vá o João acordar...


O João dorme, o Inocente!
Dorme, dorme eternamente,
Teu calmo sono profundo!
Não acordes para o Mundo,
Pode levar-te a maré:
Tu mal sabes o que isto é...

Ó Mãe! canta-lhe a canção,
Os versos do teu Irmão:
"Na vida que a Dor povoa,
Há só uma coisa boa,
Que é dormir, dormir, dormir...
Tudo vai sem se sentir."

Deixa-o dormir, até ser
Um velhinho... até morrer!

E tu vê-lo-ás crescendo
A teu lado (estou-o vendo
João! que rapaz tão lindo!)
Mas sempre sempre dormindo...

Depois, um dia virá
Que (dormindo) passará
do berço, onde agora dorme,
Para outro, grande, enorme:
E as pombas que eram maiores
Que João... ficarão menores!

Mas para isso, ó Maria!
Diz àquela cotovia
Que fale mais devagar:
Não vá o João acordar...

E os anos irão passando.

Depois, já velhinho, quando
(Serás velhinha também)
Perder a cor que, hoje, tem,
Perder as cores vermelhas
E for cheinho de engelhas,
Morrerá sem o sentir,
Isto é, deixa de dormir:
Acorda e regressa ao seio
De Deus, que é d'onde ele veio...

Mas para isso, ó Maria!
Pede àquela cotovia
Que fale mais devagar:

Não vá o João acordar...







Araújo & Sobrinho, Suc., Porto, 1931, 5ª edição

sábado, 7 de agosto de 2010

ORAÇÃO




”Anjo deLuz, guardião da minha vida. A ti fui confiado pela santa misericórdia de Deus. Ilumina a minha alma, guarda-me dos males, orienta a minha inspiração, fortalece a minha sintonia com Deus e torna-me forte diante dos percalços. Lembra-me todos os dias de não julgar nem ferir. Tinge a minha mente de amor e harmonia, para que eu possa tornar o mundo melhor, agora e para todo o sempre.
Amém."


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

GUIMARÃES ROSA

“O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão.“

João Guimarães Rosa

domingo, 1 de agosto de 2010

POEMA DE AMOR




SUAVE AMOR


É tão suave a tua mão na minha face

Já não me sinto tão sozinho

Na praia triste do meu ser

Oh, meu amor...


É tão suave a minha espera

Pois sei que não me deixará!

Não! Nunca mais...


O rio vai ao mar

Como eu vou te encontrar

Vivendo esse suave amor

Esse tão grande amor...

Esse imenso..

Esse suave amor.


Olívio Cerqueira (outono de 2001)


FLOR DO IPÊ




Flor do ipê que cai dolente
Na terra ocre do gerais
Parece um tapete rosa
Onde eu choro os meus ais.

Quando eu passar não
Não jogues flores pelo chão
Cada flor que o vento leva
Faz doer meu coração
Ai...faz doer meu coração.

Existem flores mais formosas
A do ipê eu amo mais
Pois faz lembrar da minha terra
Nas tardes frias outonais.

O ipê roxo é paixão.
O amarelo a alegria
O rosa é a poesia
Que mora no meu coração

Quando eu passar não
Não jogues flores pelo chão
Cada flor que o vento leva
Faz doer meu coração
Ai...faz doer meu coração.

Olívio Cerqueira

outono de 2010

PEQUIZEIRO



PEQUIZEIRO EM FLOR

Passo preto na gaiola
Fez um buraquim vuô,
assentou num pequizeiro
Cobertinho de fulô

O meu amor fez como o passarinho
Partiu voando sem dizer adeus
Me fez chorar, me fez cantar de dor...

Vivo agora nesse mundo triste
A chorar a perda desse amor
Os meus olhos já não podem ver
Um pequizeiro em flor.

Olívio Cerqueira

Inverno de 2002


Suave amor


É tão suave a tua mão na minha face

Já não me sinto tão sozinho

Na praia triste do meu ser

Oh, meu amor...


É tão suave a minha espera

Pois sei que não me deixará!

Não! Nunca mais...


O rio vai ao mar

Como eu vou te encontrar

Vivendo esse suave amor

Esse tão grande amor...

Esse imenso..

Esse suave amor.


Olívio Cerqueira (outono de 2001)