Reza, Maria
Suam no trabalho as curvadas bestas
E não são bestas
São homens, Maria!
Corre-se a pontapés os cães na fome dos ossos
E não são cães
São seres humanos, Maria!
Feras matam velhos, mulheres e crianças
E não são feras, são homens
E os velhos, as mulheres e as crianças
São os nossos pais
Nossas irmãs e nossos filhos, Maria!
Crias morrem à míngua de pão
Vermes na rua estendem a mão à caridade
E nem crias, nem vermes são
Mas aleijados meninos sem casas, Maria!
Do ódio e da guerra dos homens
Das mães e das filhas violadas
Das crianças mortas de anemia
E de todos os que apodrecem nos calabouços
Cresce no mundo o girassol da esperança
Ah! Maria,
Põe as mãos e reza
Pelos homens todos
E negros de toda a parte
Põe as mãos
E reza, Maria!
José Craveirinha
Suam no trabalho as curvadas bestas
E não são bestas
São homens, Maria!
Corre-se a pontapés os cães na fome dos ossos
E não são cães
São seres humanos, Maria!
Feras matam velhos, mulheres e crianças
E não são feras, são homens
E os velhos, as mulheres e as crianças
São os nossos pais
Nossas irmãs e nossos filhos, Maria!
Crias morrem à míngua de pão
Vermes na rua estendem a mão à caridade
E nem crias, nem vermes são
Mas aleijados meninos sem casas, Maria!
Do ódio e da guerra dos homens
Das mães e das filhas violadas
Das crianças mortas de anemia
E de todos os que apodrecem nos calabouços
Cresce no mundo o girassol da esperança
Ah! Maria,
Põe as mãos e reza
Pelos homens todos
E negros de toda a parte
Põe as mãos
E reza, Maria!
José Craveirinha
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