Notícia na Intranet da Secretaria de Estado de Defesa Social sobre o PROJETO TERRA FORMICIS
A HISTÓRIA DE MONTES CLAROS
1768 - Arraial das Formigas. Expedição Espinosa - Navarro, composta por 12 homens determinados,
talvez espanhóis e portugueses, foi a primeira a pisar as vastas terras da
Região do Norte de Minas, habitada pelos índios Anais e Tapuias. Mas era muito
cedo ainda para fundar as cidades do sertão, longe do litoral. Bandeirantes
partiram de São Paulo, procurando pedras preciosas, e embrenharam-se pelo
sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais,
Governador das Esmeraldas, organizou a mais célebre Bandeira, para conquistar "Esmeraldas", da "Serra
Resplandecente".
Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à
Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até às margens do Rio Paraopeba, onde com
Matias Cardoso, abandonou o chefe, regressando para São Paulo, chegando lá dois
anos depois.
Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e talvez, na esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso retornaram, tornando-se colonizadores caçando índios, construindo fazendas, cujas sedes se transformaram em cidades.
Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e talvez, na esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso retornaram, tornando-se colonizadores caçando índios, construindo fazendas, cujas sedes se transformaram em cidades.
Formou três grandes fazendas: Jaiba, Olhos d'Água e
Montes Claros, esta, situada nas cabeceiras do Rio Verde, pela margem esquerda,
próxima a montes formados por Xistos Calcários, com pouca vegetação. Pelo
alvará de abril de 1707, Antônio Gonçalves Figueira obteve a sesmaria de uma
légua de largura por três comprimentos, que constituiu a Fazenda de Montes
Claros. Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves
Figueira para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras
na Bahia, e para o Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do
comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à
Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros
transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais.
O próspero Arraial de Formigas, depois Arraial de
Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, Vila de Montes Claros de
Formigas e por fim cidade de Montes Claros. Iniciou-se assim, em local
diferente da sede de Antônio Gonçalves Figueira, em torno da Capela erguida por
José Lopes de Carvalho.
1831 - Vila de Montes Claros de Formigas
Cento e vinte quatro anos após obtenção da
Sesmaria, por Antônio Gonçalves Figueira, dono e construtor da Fazenda de
Montes Claros, já estava o Arraial de Nossa Senhora de Conceição e São José de
Formigas, suficientemente desenvolvido para tornar-se independente,
desmembrando-se de Serro-Frio. Pelo esforço dos líderes políticos o Arraial foi
elevado a Vila pela Lei de 13 de outubro de 1831, recebendo o nome de "Vila
de Montes Claros de Formigas".
Os vereadores, primeiros líderes construtores do
progresso de Montes Claros, naquele tempo longínquo: José Pinheiro Neves
(Presidente), Laurenço Vieira de Azevedo Coutinho, Luiz de Araújo Abreu,
Antônio Xavier de Mendonça, Francisco Vaz Mourão e Joaquim José Marques, que
substituiu José Fernandes Pereira Correia. A 22 de julho de 1834, toma posse o
primeiro Juíz Municipal Dr. Jerônimo Máximo de Oliveira e Castro. Apareceram na
Vila, os primeiros médicos e facultativos: Manoel Hipólito de Palma, com
licença para exercer a profissão de Cirurgião.
Outros facultativos apareceram em 1835, e, em 1847,
chega à Vila o primeiro médico formado: Dr. Carlos Versiani.
A Vila de Montes Claros de Formigas desenvolvia-se pelo esforço dos líderes, os costumes eram primitivos, em casa faziam-se comida, as quitandas, o sabão, as rendas de almofada, tecidos no tear, etc. Em 1817 já havia três sobrados: O do Cel. João Alves Maurício, o do Simeão e o Mirante. Outros foram construídos, tinham piso de assoalho, maior número de janelas e melhor acabamento.
A Vila de Montes Claros de Formigas desenvolvia-se pelo esforço dos líderes, os costumes eram primitivos, em casa faziam-se comida, as quitandas, o sabão, as rendas de almofada, tecidos no tear, etc. Em 1817 já havia três sobrados: O do Cel. João Alves Maurício, o do Simeão e o Mirante. Outros foram construídos, tinham piso de assoalho, maior número de janelas e melhor acabamento.
1857 - A Vila de Montes Claros de Formigas passa a Cidade
Em 1857, a Vila Montes Claros de Formigas teria
pouco mais de 2.000 habitantes, mas os políticos já pleiteavam a elevação à
cidade, pois os melhoramentos existentes eram os mesmos de quase todos os
municípios da Província.
Assim, pela Lei 802 de 03 julho de 1857, a Vila passou a cidade - Cidade de Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir dali seriam "montesclarenses".
Assim, pela Lei 802 de 03 julho de 1857, a Vila passou a cidade - Cidade de Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir dali seriam "montesclarenses".
A 12/07/1858 tomaram posse os novos vereadores. Por
muito tempo, o aspecto da cidade permaneceu quase o mesmo. O desenvolvimento da
cidade continuava lento, pois os meios de transporte permaneciam: Cavalos e
liteira para as pessoas, carros de bois e tropas de burros que conduziam
mercadorias, num comércio mútuo, suadas andanças pelas estradas estreitas e
poeirentas, muitas delas abertas pelos bandeirantes.
Linha do
Tempo
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. O Governador da Província Joaquim Pires Machado
Portela, criou em 1871, o Hospital de Caridade, depois chamado "Santa
Casa de Caridade".
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. Um grande passo para o progresso da cidade foi
a criação da Escola Normal, em 1879. Foi instalada no dia 02/02/1880 no
prédio no. 46, na antiga Rua Direita, hoje Justino Câmara.
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. Importantíssima a data de 24/02/1884, pois sai
o primeiro número do Semanário "Correio do Norte".
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. 14 de setembro de 1886 inauguração da Capela de
Santa Cruz (simplesmente Capela do Morrinho).
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. A indústria em Montes Claros começou com a fábrica
do Cedro em 1882, que em 25/07/1889, foi destruída por grande incêndio.
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. O Mercado Municipal foi inaugurado no dia
03/09/1899. Situado no largo de cima, hoje praça Dr. Carlos Versiani, era
construção imponente com uma torre bem alta, onde o relógio, doado por Dona
Carlota Versiani, badalava as horas, não deixando ninguém perder o horário.
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. A inauguração da 1ª "linha
telegráfica" da cidade deu-se no dia 27/10/1892.
|
. Outro importante estabelecimento de ensino em
Montes Claros de Ontem, e que perdura até os dias atuais, é o Colégio
Imaculada Conceição, fundado pelas irmãs de Berlear que aqui chegaram no dia
14/06/1907.
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. O grupo escolar Gonçalves Chaves tem destaque
especial, por ser o primeiro a instalar-se na cidade, bem como a Escola
Normal.
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. A Banda de Música Euterpe Montesclarense
fundada em 1856, por Dona Eva Bárbara Teixeira de Carvalho, perdurou por mais
de cem anos.
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. A 10 de dezembro de 1910, São Pio X criou o
Bispado de Montes Claros, tendo sido nomeado primeiro Bispo Dom João Antônio
Pimenta pela bula "Comissum humilitati nostre", de 07/03/1911.
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. Dom João Pimenta celebrou a primeira missa
pontifical, no dia 08/10/1911.
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12.4.1707
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Fundação Fazenda Montes Claros
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18.6.1759
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Instituição do Patrimônio e Criação da 1ª Escola
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13.10.1831
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Lei criando a Vila de Montes Claros de Formiga
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16.10.1832
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Posse da 1ª Câmara (Vila de Formiga)
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05.12.1832
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Criação do Serviço de Correios
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13.01.1847
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Chegada do 1º Médico - Dr. Carlos Versiani
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1856
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Fundação da 1ª Banda de Música
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03.7.1857
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Elevação à Cidade (Cidade de Montes Claros)
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21.9.1871
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Fundação da Santa Casa
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21.3.1879
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Criação da Escola Normal Oficial
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1880
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Instalação da 1ª Fábrica de Tecidos
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22.2.1884
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Aparecimento do 1º Jornal "Correio
Norte"
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22.10.1892
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Inauguração Serviço Telegráfico
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16.8.1900
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Entra na cidade a 1ª Bicicleta
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05.1.1909
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Criação do 1º Grupo Escolar
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10.12.1910
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Criação do Bispado
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07.12.1912
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Instalação do Serviço Telefônico Urbano
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1914
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Instalação do 1º Cinema (Cinema Recreio)
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20.1.1917
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Inauguração da Iluminação Elétrica
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12.7.1920
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Fundação da Associação Comercial
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10.11.1920
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Chegada do 1º automóvel
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01.7.1926
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Inauguração da E.F.C.B (Estação)
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18.12.1938
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Inauguração do Serviço de Água Potável
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09.5.1945
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Inauguração da ZYD-7
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31.12.1945
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Fundação do Rotary Clube de Montes Claros
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30.6.1956
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Instalação do Serviço de Telefone Interurbano
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28.7.1956
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Instalação do 10º Batalhão
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A cidade de Montes Claros está cercada de morros
límpidos - num dos quais uma poética igrejinha, construída no século passado,
guarda a comuna.
Capela de Santa Cruz do Morrinho
Dona Germana Maria de Olinda, fizera uma promessa:
construir uma capela no alto do Morrinho, angariando esmolas. Alcançada a
graça, saiu pedindo ajuda e todos contribuíram generosamente. Abriu a
subscrição a 24 de fevereiro de 1884 e dois anos depois a Capelinha estava
erguida. 14 de setembro de 1886 - Inauguração da Capela Santa Cruz.
Quase toda a população do mais graduado aos mais
humildes, acompanhou a imagem do Senhor do Bonfim, levada em procissão da
Matriz à Capela. A imagem doada pelo Dr. Augusto Veloso, embora sendo do Senhor
do Bonfim, não deu nome à Capela, que foi designada de Capela de Santa Cruz.
Com a introdução da imagem de São Geraldo, passou a ter este nome. também é
chamada simplesmente Capela do Morrinho. Em um humilde sepulcro, no seu
interior, estão os restos mortais de Dona Germana.
CULTURAL E ESPORTIVO
Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez
O Conservatório Estadual de Música Lorenzo
Fernandez, constitui-se em um marco cultural na vida de Montes Claros. Antes,
as vocações artísticas sem orientação e amparo. Depois, a oportunidade para
todos, a revelação de muitos, realmente artistas, que se projetaram além de
Montes Claros.
Dona Marina Helena Lorenzo Fernandez Silva, filha
do maestro Oscar Lorenzo Fernandez, chegou a Montes Claros em 1947. Percebendo
a potencialidade dos montesclarenses, quis logo fazer um
"Conservatório". Em março de 1.961 Simeão Ribeiro Pires entregou as
chaves de uma casa situada à Rua Dr. Veloso 486, para que ali funcionasse o
Conservatório, que funcionou como Conservatório Municipal até sua
estadualização em 1962, com o nome de "Conservatório Estadual de Música
Lorenzo Fernandez". Em 1975 transformou-se em um Centro Interescolar de
Artes.
O Conservatório cresceu de tal forma,
transformando-se em modelo para todos os conservatórios de Minas Gerais. Tem
ainda o Grupo Folclórico Banzé, reconhecido nacional e internacionalmente
(atualmente conveniado e representando também a UNIMONTES - onde o Museu do
Banzé está instalado) e o Grupo Instrumental Marina Silva, já reconhecido
nacionalmente.
Folclore Regional
São inúmeras as manifestações do Folclore na Região
do Norte de Minas, as mesmas, de todo o País, com poucas modificações, pois tem
origem comum: portuguesa, africana, e, indígena. Reinados, reisados, congados,
macumbas, candomblé, cantigas de rodas, lendas, bem como as comidas típicas
fazem parte da cultura popular, transmitida oralmente por muitos e muitos anos.
Em Montes Claros, os reinados, os catopês e marujadas eram festas do calendário
religioso, desde os tempos da Vila de Formigas.
O Conservatório Estadual de Música Lorenzo
Fernandez, fez ressurgir as festas de agosto. Logo após, a Secretaria Municipal
de Cultura de Montes Claros organizou o "I Festival de Folclore", sob
a direção de Clarice Maciel, tornando-se desde então a fazer parte do
calendário das festas populares, com sucesso. Em janeiro os Reis Magos, em maio
as Coroações a Nossa Senhora, procissões e serestas, em junho, Fogueiras, em
agosto, Reinados e Catopês, Marujos e Caboclinhos, em dezembro, presépios e
Pastorinhas. E assim, as origens vão sendo preservadas.
Festa de Catopês
João Pimenta dos Santos (o Mestre Zanza) é o
coordenador das Festas de Agosto e Presidente da Associação dos Grupos de
Catopês. Dança há muitos anos, com devoção e entusiasmo, para preservar as
festas tradicionais que se realizam no mês de agosto, na Semana do Folclore.
Teatro em Montes Claros
O teatro em Montes Claros teve início com o Clube
São Genesco, fundado pelo Cônego Carlos Vincart. O clube apresentou 29
espetáculos, encerrando as atividades com a transferência do Côn. Vincart para
São Paulo, em 1916.
No mesmo ano, foi fundado o Clube Dramático Montesclarense, por Luiz José Amorim, entusiasta da arte dramática. Novos atores surgiram, Dr. José Tomás de Oliveira, Diretor da Gazeta do Norte, dirigia os ensaios, contando com a orquestra dirigida por Tonico Faria. Incompatibilidades políticas desfalcaram o Grêmio, mas em 1920, Leopoldo Laborne Valle e outros, encenaram a peça "A menina de chocolate", maior sucesso do teatro antigo em todos os tempos em Montes Claros, eram do partido de cima.
No mesmo ano, foi fundado o Clube Dramático Montesclarense, por Luiz José Amorim, entusiasta da arte dramática. Novos atores surgiram, Dr. José Tomás de Oliveira, Diretor da Gazeta do Norte, dirigia os ensaios, contando com a orquestra dirigida por Tonico Faria. Incompatibilidades políticas desfalcaram o Grêmio, mas em 1920, Leopoldo Laborne Valle e outros, encenaram a peça "A menina de chocolate", maior sucesso do teatro antigo em todos os tempos em Montes Claros, eram do partido de cima.
O partido de baixo fundou então o "Grêmio
Dramático Afonso Pena Júnior", apresentando como peça de estréia
"Tinha de Ser". os dois rivais apresentavam-se alternadamente no Cine
Teatro Renascença.
Futebol em Montes Claros
A 1º de setembro de 1916 chega o foot-ball à
cidade, com a organização por vários rapazes, do Mineiro Foot-Ball Clube, que
teve como 1º presidente José Magno de Alkimim Câmara. Era o Clube dos Pelados,
da Rua de Cima. A 12 de dezembro do mesmo ano, foi inaugurado o Campo de
foot-ball, com salva de tiros e a Enterpe Montesclarense executando dobrados e
marchas.
Outro clube foi fundado em 1917, o América
Foot-ball Clube, que teve o Côn. Carlos Vincart como presidente de honra e
efetivo José Barbosa Neto. Revide dos Estrepes, da Rua de Baixo.
REDE DE ENSINO EM MONTES CLAROS
Aspecto
Histórico da Rede Estadual de Ensino em Montes Claros
Por ser o primeiro a instalar-se na cidade, o Grupo
Escolar Gonçalves Chaves, têm aqui um destaque especial.
Pelo decreto de 16 de dezembro de 1906, o Governo
de João Pinheiro criou os Grupos Escolares do Estado.
Os Grupos Escolares passaram a ser "Escolas Estaduais" e hoje, na Praça Dr. João Alves, a Escola Estadual Gonçalves Chaves,é a mesma guardiã do ensino em Montes Claros.
Os Grupos Escolares passaram a ser "Escolas Estaduais" e hoje, na Praça Dr. João Alves, a Escola Estadual Gonçalves Chaves,é a mesma guardiã do ensino em Montes Claros.
Escola Normal
Um grande passo para o progresso da cidade foi a
criação da Escola Normal, pelo Presidente da Província em 1.879. Foi instalada
no dia 2 de fevereiro de 1.880, no prédio 46, na antiga Rua Direita, hoje
Justino Câmara, com a Rua da Tipografia, atualmente, José de Alencar.
Em 1.888, a Escola foi transferida para o chalé
situado no Largo da Caridade - Praça Dr. Carlos Versiani - esquina com a Rua
Bonfim, depois Rua Bocaiúva e hoje Dr. Santos. A Escola crescia e o chalé não
comportava os alunos. O Governo do Estado alugou o sobrado da atual Rua Cel.
Celestino no. 75, e para lá foi levada a Escola Normal, em 1.896, onde
permaneceu até 1.905, quando foi suprimida pelo Decreto no. 1.788 de 31 de
janeiro. Fechar a única escola de segundo grau em toda a Região do Norte de
Minas foi ato injustificável. Uma escola que teve alunos ilustres, professores,
políticos que construíram o progresso da cidade, não podia ser fechada. Mas
foi.
Por política ou ignorância?
Por política ou ignorância?
O criador da Escola Normal foi o Presidente da
Província Manuel Gomes Rebelo Horta, e quem decretou a supressão foi o
presidente do Estado, pois o Brasil já era República, Francisco Antônio de
Sales.
Dez anos depois, o Prof. João Câmara reuniu os companheiros Antônio Ferreira de Oliveira, Luiz Orsini de Castro, e Olinto Martins e de casa em casa, procurando apoio, fundaram a Escola Normal Norte Mineira, que se sustentava com as mensalidades dos alunos.
Dez anos depois, o Prof. João Câmara reuniu os companheiros Antônio Ferreira de Oliveira, Luiz Orsini de Castro, e Olinto Martins e de casa em casa, procurando apoio, fundaram a Escola Normal Norte Mineira, que se sustentava com as mensalidades dos alunos.
Pelo Decreto 6.170, de 29 de janeiro de 1.925 a
Escola foi equiparada com o nome de Melo Vianna e, por justiça, o Prof. João
Câmara foi nomeado seu Diretor.
Treze anos depois, com a cidade em pleno
desenvolvimento, após a chegada da Estrada de Ferro, o Governador Benedito
Valadares suprime, por decreto, dez escolas normais do Estado, entre elas, a de
Montes Claros. Sua história continua.
Aspecto
Histórico da Rede Particular de Ensino em Montes Claros
Outro importante estabelecimento de ensino em Montes Claros, e que perdura até os dias atuais, é o Colégio Imaculada Conceição, fundado pelas irmãs de Berlear, que aqui chegaram no dia 14 de junho de 1907. Com o apoio do Côn. Carlos Vincart, considerado também seu fundador. O Colégio se instalou exatamente no período em que estava fechada a Escola Normal, tendo mais oportunidade de crescimento, sendo fundado em 05/09/1907.
Outro importante estabelecimento de ensino em Montes Claros, e que perdura até os dias atuais, é o Colégio Imaculada Conceição, fundado pelas irmãs de Berlear, que aqui chegaram no dia 14 de junho de 1907. Com o apoio do Côn. Carlos Vincart, considerado também seu fundador. O Colégio se instalou exatamente no período em que estava fechada a Escola Normal, tendo mais oportunidade de crescimento, sendo fundado em 05/09/1907.
Mas foi pela sua organização e bom nível de ensino
e formação social e religiosa o Colégio se impôs e tem transporto todos esses
anos, com um intervalo de interrupção, entre 1923 a 1924, para reabrir no
palacete do Cel. Francisco Ribeiro, na Avenida Estrela, hoje Cel. Prates.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES
CLAROS - UNIMONTES
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Antes da Estadualização
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Criada por lei estadual, a FUNM era uma entidade
jurídica de direito privado. Era administrada por um Conselho Diretor,
presidido pelo diretor-geral e fiscalizada por um Conselho Curador e pelo
Ministério Público.
A primeira unidade da FUNM foi a Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL), criada em 1963.
Os primeiros cursos superiores da região foram os de Geografia, História, Letras e Pedagogia, que, a princípio funcionaram no antigo prédio do Colégio Imaculada Conceição.
Em 1969, foi criada a Faculdade de Direito
(FADIR). Em 1969, foi instalada a Faculdade de Medicina (FAMED) e, em 1972,
era implantada a Faculdade de Administração e Finanças do Norte de Minas
(FADEC). Em 1987, surgiu a Faculdade de Educação Artística (FACEARTE). O
primeiro dirigente da instituição universitária foi o professor João Valle
Maurício, que ficou na direção da antiga Fundação Norte Mineira de Ensino
Superior por 14 anos, deixando o posto em 1978.
Depois a antiga FUNM teve 02 dirigentes com
mandatos de curta duração: os professores Fernando Dias Costa (out/78 a
dez/79) e Raimundo Poincaré Deusdará (dez/79 a março/80). Em 1980, assumiu a
direção-geral da Fundação o Professor Raimundo Rodrigues Avelar que
permaneceu no cargo por dois mandatos, até abril de 1988, quando foi
empossado o professor José Geraldo de Freitas Drumond, eleito
democraticamente pelo voto direto.
A FUNM existiu oficialmente até o dia 21 de
setembro de 1989. A Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgada
naquela data estabeleceu: "Fica transformada em autarquia, com a
denominação de "Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, a
atual Fundação Norte Mineira de Ensino Superior". Surgia um novo tempo
na história do Norte de Minas: era a UNIMONTES.
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Depois da Estadualização
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A Lei Estadual no. 1.517 de 13/07/94, reorganiza
a UNIMONTES do ponto de vista administrativo - funcional, estruturando a
Universidade em centros de ensino, extinguindo as Faculdades. São criados 05
centros, sendo 01 do ensino Médio e Fundamental.
Em 1995, a UNIMONTES começou a implantar cursos
fora da cidade de Montes Claros, iniciando pela cidade de Januária onde
funcionam os cursos de Letras e Pedagogia. Em 1996, instalou na cidade de
Janaúba o curso de Agronomia, e, na cidade de Pirapora, os cursos de
Geografia e Pedagogia. Neste mesmo ano, foram criados e passam a ser
ministrados em Montes Claros os cursos de Ciências da Computação, Educação
Física e Enfermagem. Em 1997, o Curso de Ciências de 1º Grau é transformado
em Curso de Biologia, com habilitação em licenciatura Plena e Bacharelado e
curso de Matemática (licenciatura Plena), ainda neste ano, o Curso de Letras
é reestruturado e passa a oferecer licenciatura única em Espanhol, Inglês e
Português, e, neste mesmo ano foi criado o Curso de Odontologia.
Único Centro Universitário Público de Minas Gerais, a UNIMONTES tem um raio de ação que abrange uma área superior a 120.000 km2.
Seu atendimento se estende ao Nordeste, Noroeste
do Estado (Vale Jequitinhonha e Urucuia), com influência até o sul da Bahia.
A UNIMONTES, está inscrita no passado e no presente da região norte-mineira e
se prolongará no seu porvir com o imenso reservatório do que ainda pode
realizar.
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Fundação Educacional Montes Claros - Escola Técnica
Fundação Educacional Montes Claros (FEMC),
Instituição Mantenedora do Centro Educacional Montes Claros.
A Fundação Educacional Montes Claros é uma instituição privada, sem fins lucrativos, cujo objetivo é a qualificação de recursos humanos junto à população de todo o Norte de Minas, região mais carente do Sudeste Brasileiro.
A Fundação Educacional Montes Claros é uma instituição privada, sem fins lucrativos, cujo objetivo é a qualificação de recursos humanos junto à população de todo o Norte de Minas, região mais carente do Sudeste Brasileiro.
Criada em 1976, por iniciativa da Associação
Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI), é mantida por um sistema de
parceria entre as empresas industriais, comunidade, Governo do Estado de Minas
Gerais e prestação de serviços na área de educação e tecnologia. É dirigida por
empresários, executivos das empresas mantenedoras.
O Centro Educacional Montes Claros - Escola Técnica - foi autorizado a funcionar pela Portaria 240/76, da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Iniciou suas atividades em 30-05-76, oferecendo hoje, além dos Cursos Técnicos de Eletrônica, Eletromecânica, Química e Processamento de Dados, cursos pós 2º grau em Informática, Mecânica, Segurança do Trabalho e Eletrotécnica, em regime de Educação a Distância.
O Centro Educacional Montes Claros - Escola Técnica - foi autorizado a funcionar pela Portaria 240/76, da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Iniciou suas atividades em 30-05-76, oferecendo hoje, além dos Cursos Técnicos de Eletrônica, Eletromecânica, Química e Processamento de Dados, cursos pós 2º grau em Informática, Mecânica, Segurança do Trabalho e Eletrotécnica, em regime de Educação a Distância.
Tendo em vista a sua política de diversificação de
cursos com o objetivo de adequar-se aos absorvedores de recursos humanos, aos
interesses dos seus alunos e, principalmente, aumentar a qualidade humana e
tecnológica da região, a Escola propõe implantar os Cursos Superiores de
Tecnológico em Química e Automação Industrial.
Seu orçamento de despesas tem sido custeado pelos
alunos (56% todo aluno é bolsista, mas contribui financeiramente), pelas
empresas (32% através de bolsas de estudos para funcionários e alunos carentes
da comunidade) e pela prestação de serviços (12%), este último responsável
pelos investimentos, na maioria dos equipamentos, já que os recursos oriundos
das empresas e alunos são destinados a pagamento de pessoal.
Empresas de todo o país usam a instituição para
eventos, palestras, cursos e lançamentos de produtos, estabelecendo também com
elas, uma parceria de excelentes resultados, algumas inclusive, fornecendo, a
título de "vitrine", vários equipamentos para finalidade didática.
Desde 1976, no 1º ano de existência, a escola
busca, nos seus clientes internos e externos, uma avaliação do seu trabalho e a
integração Escola/Empresa é uma constante, pois teve sua criação a partir das
necessidades das empresas industriais sediadas no Norte de Minas. O Setor de
Integração Escola/Empresa (S.I.E.E.) ministra cursos profissionalizantes, além
de cuidar do encaminhamento de alunos às empresas e supervisão de estágios. Em
1990, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) realizou "estudo do
caso" sobre a Fundação Educacional Montes Claros, recomendando o seu
modelo de ensino para países membros da Organização, através de publicação
editada em Genebra. Neste mesmo ano, a revista "Perspectives", da
UNESCO, publicou, em 7 línguas, o referido artigo. Em 1993, a FEMC recebeu o
honroso título de "Mérito de Qualidade em Educação", conferido pelo
SEBRAE.
Em julho de 1996, por proposta da Federação das
Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), através do seu Presidente Dr.
Stefan Bogdan Salej, por convênio, a Fundação Educacional Montes Claros assumiu
a gestão da Unidade SENAI e SESI na cidade de Montes Claros, acrescentando
assim, a seu acervo de cursos, o Supletivo de 1º e 2º graus, Alfabetização,
Telecurso de 1º e 2º graus, Aprendizagem de Menores e Qualificação
Profissional.
A Fundação prepara-se, agora, para transformar suas
unidades de ensino em um moderno centro de tecnologia, voltado para o
atendimento aos anseios da comunidade e dos empreendimentos empresariais
instalados e que venham a se instalar em Montes Claros e em todo o Norte de
Minas. Em 1999, será implantado o curso de Gerente Empreendedor e
Telecomunicações e, em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES), serão implantados dois Cursos Superiores a nível de tecnológicos:
Química Industrial e Automação Industrial.
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
É uma instituição organizada e administrada pela
Indústria, mantida através de contribuições mensais das empresas industriais,
das comunicações e pesca. Foi criado em 1942, com o objetivo básico de formar
mão-de-obra para as empresas contribuintes; no entanto, vem ampliando sua forma
de atendimento. Atua nos mais diversos níveis, modalidades e setores, com
aprendizagem de menores, formação intensiva, treinamento e aperfeiçoamento de
adultos e pessoal já empregado. Para cada empresa, observando suas situações
peculiares, são procuradas soluções específicas.
Estudos para a expansão da rede física do SENAI de Minas, indicaram Montes Claros para sede de mais um Centro de Formação Profissional.
Estudos para a expansão da rede física do SENAI de Minas, indicaram Montes Claros para sede de mais um Centro de Formação Profissional.
Em 1986, foi doado ao SENAI, pela Fundação Educacional
Luiz de Paula, o terreno destinado à construção do Centro de Formação
Profissional, terreno este que foi complementado em 1987, com a aquisição, por
parte do SENAI, de um lote de 360 m². O CFP está instalado numa área de
4.519,35 m², sendo 2.960,50 m² de área coberta, 1.572,50 m² de área
pavimentada. A forma de funcionamento e a natureza das atividades do CFP, foram
planejadas observando as peculiaridades da região e a tipicidade da clientela a
ser atendida.
INFRA-ESTRUTURA
Água e Esgoto
Desde 14/02/1936, com o funcionamento do
"chafariz" na Praça Dr. Chaves, o Senhor Governador Benedito
Valadares, inaugurou oficialmente, o "Serviço de Abastecimento de
Águas", devido a ele, pois em 1935 nomeado Prefeito da cidade o Dr. José
Antônio Saraiva, confiando-lhe a responsabilidade de fazer o serviço de
abastecimento de água, trazendo-a do Rio Pacuí.
Trabalhando intensivamente o prefeito Saraiva fez
jorrar a água dos chafarizes, o primeiro no Morrinho, o segundo na praça Cel.
Joaquim Costa (fundo do Mercado Municipal). A inauguração oficial do
abastecimento de água foi feita com o prefeito Dr. Santos. O Serviço de Esgoto
teve início a 16 de março de 1939.
O Governador Benedito Valadares prometeu na mesma
ocasião das inaugurações, mandar executar a barragem na Cachoeira de Santa
Marta, que forneceria a força e luz à Montes Claros, Francisco Sá e Bocaiúva.
Energia Elétrica
Graças ao idealismo do industrial Francisco Ribeiro
dos Santos, foi inaugurada a luz elétrica na cidade, com energia proveniente do
Cedro, quando era Agente Executivo Dr. João José Alves. Todo trabalho inicial
de implantação ocorreu na administração anterior do Cel. Joaquim José da Costa.
E, a 20/01/1917, desde pela manhã até os últimos lampejos do sol, notava-se um
movimento fora do comum. Às sete e meia da tarde já o trecho da rua em frente
regorgitava de povo.
Quando, enfim, o cronômetro feriu as oito horas e a
luz se fez clara, brilhante e majestosa, um verdadeiro delírio se apossou de
todos os circunstantes, que romperam em vivas e palmas uníssonos e
entusiásticos.
O Exmo. Dr. João José Alves, ilustre Presidente da Câmara, assumiu a Presidência declarando solenemente instalada a iluminação da cidade.
O Exmo. Dr. João José Alves, ilustre Presidente da Câmara, assumiu a Presidência declarando solenemente instalada a iluminação da cidade.
Agência dos Correios
A necessidade de comunicação fez os políticos
pleitearem uma Agência de Correios, que foi inaugurada no dia 20/01/1833, com o
primeiro caminheiro ou estafeta levando as malas com a correspondência para a
Vila de Diamantina do Tejuco, de lá para Ouro Preto, a capital da Província. O
caminheiro levava dez dias para ir e dez para voltar, portanto a
correspondência só chegava à vila de vinte em vinte dias. No ano seguinte, foi
proposta a nomeação de outro caminheiro. Cada um recebia 320 réis de diária,
viajando alternadamente. Foram agentes do Correio, sem remuneração: José da
Silva Souto, Sargento-Mor Antônio de Mendonça, Professor João Gualberto de
Carvalho e Justino de Andrade Câmara, já remunerados os dois últimos.
Farmácia
O 1º farmacêutico formado no município foi Joaquim
Teixeira Chaves de Queiroga, professor e diretor da Escola Normal. Faleceu aos
24 anos em 1892, sendo substituído pelo farmacêutico Carlos Sá Júnior, tanto na
farmácia quanto na Escola Normal. Naquele tempo existiam pelo menos mais 02
farmácias, a da Santa Casa e a farmácia do Sarmento.
Rede de Hotéis em Montes Claros
O Grande Hotel São José o primeiro da cidade com
instalações apropriadas - situado na Praça Cel. Ribeiro, esquina com Dr.
Santos, de propriedade do Sr. José Dias de Sá, foi inaugurado no dia 19 de
março de 1937, com a benção do Bispo Dom João Antônio Pimenta, auxiliado por D.
Aristides de Araújo Porto, Bispo Coadjutor e presença de autoridades e
convidados.
Agencias
Bancárias
O crescimento comercial motivou a abertura de agências bancárias. A primeira instalada a 10/01/1926, foi a do Banco da Lavoura, tendo como agente o Sr. Cícero Pereira e situava-se na Rua Dr. Veloso, no. 490.
O crescimento comercial motivou a abertura de agências bancárias. A primeira instalada a 10/01/1926, foi a do Banco da Lavoura, tendo como agente o Sr. Cícero Pereira e situava-se na Rua Dr. Veloso, no. 490.
O Banco Comércio e Indústria inaugurou com festas
sua agência, na Rua Presidente Vargas, a 15/11/1926. Mas os montesclarenses
quiseram ter a própria casa bancária e fundaram o "Banco Popular de Montes
Claros" em 05/07/1927. Ainda em 1927, o Banco Hipotecário e Agrícola abriu
uma agência na esquina da Rua Camilo Prates com Padre Augusto, como 1º Gerente
o Sr. Mauro de Araújo Moreira.
Cadeia e Fórum
A Cadeira da Vila funcionava na casa pertencente ao
Cel. Francisco Vaz Mourão. Não havia cooperação mútua, daí o dono da casa
exigir a mudança da cadeia. Planejaram a construção de um prédio no Largo da
Matriz, que foi concluído no final
da década de 1840.
da década de 1840.
Ficava o sobrado no final da Rua Simeão Ribeiro,
antigamente Rua Direita, com a frente para o Largo da Matriz. Esse sobrado
serviu de Cadeia e Fórum até 1923.
TRANSPORTE
Aero Clube de Montes Claros
A aviação civil teve grande incentivo em 1937, o
que levou Natércio Teixeira França e Flamarion Wanderley a irem conquistar o
"brevet" na Escola Hugo Cantergiani, no Rio de Janeiro. Ao
regressarem, providenciaram a fundação do Aero Clube, condição para obter-se o
avião de treinamento para jovens que desejassem ser aviadores.
Nelson Vianna traz a data de 06 de junho de 1939 para
a fundação do Aero Clube e Hermes de Paula, 11 de junho de 1959. O avião foi
doado pelo Dr. Henrique Dosdwort, um "Piper Clube 65". Pouco tempo
depois, a colônia Israelita do Rio de Janeiro, enviou o 2º avião do mesmo
tempo. No entanto, perderam-se os dois.
O primeiro no Campo de pouso de Taquara/Bahia, e o
segundo incendiou-se perto do cemitério local. Muitos jovens têm conquistado o
brevet de aviador civil e o Aero Clube prestou muitos serviços como transportes
de docentes.
Aeroporto de Montes Claros
O aeroporto foi transferido para a INFRAERO
(Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) em 31 de março de 1980. A
INFRAERO - Aeroportos Brasileiro administra, no Brasil, 62 (sessenta e dois)
principais aeroportos. O aeroporto de Montes Claros, tem uma pista asfaltada
com 45 metros de largura e 2.100 metros de extensão (comprimento). Está
homologado pelo Ministério da Aeronáutica para receber aviões até o porto do
Boing 737, jato que operou durante muitos anos com a VARIG. Atualmente tem de
linha regular, da empresa Rio-Sul/Nordeste.
A Central do Brasil
Desde 1889 planejava-se uma estrada de ferro
ligando Montes Claros à Extrema, ao Salto Grande, a São João Batista, mas todos
os projetos fracassaram. Somente em 1922, quando era Ministro da Aviação o Dr.
Francisco Sá, nascido na Fazenda de Santo André, pertencente ao Brejo das
Almas, hoje com o nome do ilustre filho, é que se concretizou a construção da
linha férrea, que se tornou de primitivo ramal, na grande longitudinal. Se o
caminhão já revolucionava o desenvolvimento da região, muito mais faria o trem
de ferro, porque corria em estradas próprias e era adequado ao transporte de
pessoas, além de mercadorias.
Começava novos tempos.
Começava novos tempos.
Em 1924 o Ministro Francisco Sá inaugurava a
Estação da EFC do Brasil em Bocaiúva, e veio até Montes Claros, em visita.
Prometeu então, apressar a chegada da Central. Dois anos depois a 01/09/1926,
chegava o Trem de Ferro em Montes Claros, com o Ministro Francisco Sá, inúmeros
companheiros. Senadores, Deputados e muitos outros. Durante muitos anos Montes
Claros tornou-se o ponto terminal da Central do Brasil no Norte de Minas. O
trem de ferro acelerou o progresso em todos os setores, educacionais, sociais,
religiosos e comerciais.
Terminal Rodoviário Hildeberto Alves de Freitas
O Terminal Rodoviário Hildeberto Alves de Freitas,
que funcionava na Praça Raul Soares foi assumido pela Prefeitura Municipal em
Abril de 1978. Como o prédio em que funcionava o Terminal era bastante pequeno
e de instalações precárias para a grande demanda de passageiros, foi necessária
a construção de um novo prédio com modernas e amplas instalações no Bairro
Cidade Nova.
Conforme previsão do D.E.R, o Terminal Rodoviário de
Montes Claros tem capacidade de funcionamento por um período de 50 anos, a
partir da data de inauguração. Data de inauguração do novo prédio: 02/10/1982.
IMPRENSA
Histórico da Imprensa Escrita em Montes Claros
O Desembargador Antônio Augusto Velloso, foi o
fundador da imprensa no Norte de Minas. No dia 24 de fevereiro de 1884 saia o
primeiro número do "Correio do Norte", e desaparecido em 01 de
março de 1891 com o Nº 343. É também o autor da primeira monografia do
município de Montes Claros, publicada parceladamente pelas colunas do "Correio
do Norte" e posteriormente enfeitada em livro. O primeiro Jornal foi o
"Correio do Norte".
Jornais
"A Lira"
- Nas oficinas do Correio do Norte, Antônio Augusto Spyer, imprimiu um quinzenário .
"Montes Claros"
- Após 2 anos sem jornal, em fevereiro de 1893, Camilo Prates, Justino Teixeira Guimarães e Antônio Augusto Spyer fundaram um outro semanário, apolítico, que deu 47 números. Essa época o Dr. Honorato Alves, Presidente da Câmara, criou a imprensa oficial, adquirindo a tipografia e editando o "Montes
Claros".
"O Estudante"
- Surgiu em julho de 1893, não teve um ano de vida.
"O Operário"
- Em outubro de 1894 Euzébio Sarmento adquiriu uma tipografia e editou "O Operário", que durou até 1896.
"O Agricultor"
- Ainda Euzébio Sarmento, lança "O Agricultor" em março de 1898, o qual em dezembro de 1899 dá o seu último número .
"A Luta"
- Era lutar contra o "partidarismo extremista da politicagem perniciosa", surgiu em abril de 1899 "A Luta". Durou um ano e pouco.
"D. Joaquim"
- Em homenagem a D. Joaquim Bispo Coadjutor de Diamantina, que nos visitou em maio de 1904, os padres premonstratenses editaram um único número do Jornalzinho.
"A Opinião do Norte"
- A 10 de dezembro de 1905 apareceu o 1º número. Em 1908, o Jornal deixou de circular.
"O Boêmio"
- Milton Prates e José Barbosa Neto editaram a partir de julho de 1906 um Jornal humorístico "O Boêmio" que viveu 2 anos.
"A Veneta"
- Em dezembro de 1906, José Barbosa Neto, fundou o Jornal, humorístico também de vida curta.
"A Verdade"
- Os cônegos premonstratenses adquiriram a tipografia de Euzébio Sarmento e a 01 de maio de 1907, surgiu o primeiro número de "A Verdade".
"Opinião da Norte"
- Dera seu último número em julho de 1908; em setembro desse mesmo ano surgiu "A Opinião do Norte"; nome quase idêntico, nas mesmas oficinas, mas bi-semanário e sem obedecer a partido político. Não durou 1 ano.
"A Tesoura e O Petiz"
- Ainda em 1910 na tipografia de "A Verdade" surgiram dois jornaizinhos: "A Tesoura e O Petiz".
"O Sol"
- Em 1914 (agosto) João Chaves editou "O Sol".
"Boletim Paroquial"
- Em agosto de 1916, a paróquia imprimiu o "Boletim Paroquial".
"O Bisturi"
- Em agosto de 1916 foi lançado "O Bisturi".
"Montes Claros"
- Surge em 11 de maio de 1916 um semanário, dirigido pelo farmacêutico Antônio Ferreira de Oliveira. Depois de circular com algumas interrupções, "Montes Claros", reapareceu em 1920 sob a direção de Antônio Augusto Spyer, José Correia Machado e Honor Sarmento.
"O binóculo"
- É de 1915, dirigido por Eurípedes Moreira e Antônio Marinho.
"O Civilista"
- Circulou em 1916 dirigido por Ciro dos Anjos.
"A Escola"
- Antônio Augusto Durães e José dos Santos Câmara, alunos da Escola Normal, publicaram "A Escola".
"A Braza"
- Em 1919 surgiu "A Braza" tendo como redator João D'Aqui e
caricaturista Zé do Brejo.
"O Gelo"
- Em oposição "A Braza" apareceu "O Gelo" em 1919, redigido por Ari de Oliveira e Onofre Lafetá. Fundado por Mercês Prates e Juraci Prates.
"Formigas"
- Esse foi o título de um quinzenário de Leônidas Câmara e Alfredo Ramos, teve um 1 ano de existência, sob a projeção do "Montes Claros".
"A Liga"
- Surgiu em setembro de 1921, com um programa extraordinário - Combater o Álcool, o analfabetismo, endemias regionais, etc.
"A Ordem"
- Surgiu em 1922, durou pouco tempo.
"O Jahu"
- Surgiu em agosto de 1927, não durou 1 ano.
"A Crítica"
- Geraldo Ferreira e Joaquim Nicodemos Santana editaram "A Crítica", Jornalzinho crítico, quinzenário.
"O Trololó"
- Surgiu em março de 1926, também crítico e quinzenário.
"O cansanção"
- Jornalzinho humorístico sob a direção de 2 alunos da Escola Normal, durou pouco tempo.
"Folha do Norte"
- Fundada em 17 de setembro de 1929. Viveu apenas meses.
"A Cidade"
- J. Macedo dirigiu "A Cidade" que viveu pouco tempo.
"O Brasil"
- Jornal integralista dirigido por Armênio Veloso, Osias Profeta e João Souto. Viveu alguns meses.
"Chuvas de Rosas"
- Com o título em epígrafe surgiu um Jornalzinho único para festa de Santa Terezinha em outubro de 1930.
"O Operário"
- Surgiu em 1931 e foi publicado até 1941.
"Jornal do Sertão"
- Surgiu em julho de 1935, não teve 1 ano de vida.
"17 de julho"
- Deu apenas um número.
"Folha do Instituto"
- Órgão do Instituto Norte Mineiro de Educação, oficialmente se intitula "A Folha"
"A Voz do Estudante"
- Órgão do corpo discente do Ginásio Montes Claros.
"Grumodia"
- Inicialmente com o nome de boletim, surgiu em março de 1946.
"Gangorra"
- Surgiu em 01 de fevereiro de 1946. Viveu pouco tempo.
"Sampaio"
- Em 1948 surgiu um Jornalzinho periódico, pertencente ao Tiro de Guerra.
"O Dever"
- Órgão do Colégio "Imaculada Conceição". Em agosto de 1943 foi substituído por uma revista de publicação periódica.
"Flor de Lácio"
- Bem feita e com forte colaboração de poesias, crônicas, fotografias e noticiários.
"A Tribuna do Norte"
- Surgiu em 01 de janeiro de 1951 sob a direção do Pe. Aníbal Pereira dos Reis.
"O Craque"
- Surgiu em 1943 sob a direção de Expedito Guarinelo.
"O Faval"
- Surgiu em abril de 1954. Viveu pouco.
"O Atirador"
- Surgiu em maio de 1954 sob a direção de Augusto Freire.
"O Esporte"
- Surgiu em 17/05/54. Direção Waldir S. Batista.
"O Seminário"
- Em abril de 1955 surgiu "O Seminário" sob a direção do Pe. Paulo Pimenta.
"Montes Claros em Foco"
- Surgiu em agosto de 1956 sob a direção de Ataliba Machado.
"Encontro"
- Surgiu de 4 amigos idealistas. Direção Presidente Konstantin Cristoff. Gerente - Lúcio Benquerer. Responsável - Décio Gonçalves - Superintendente - Enok Sarmento - Redator-Chefe - Waldir Sena Batista - Dep. Artístico - Konstantin. Sua tiragem está suspensa.
"Gazeta do Norte"
- Surgiu em 5 de julho de 1918.
"Jornal de Montes Claros"
- Surgiu em 01 de setembro de 1951.
"Diário de Montes Claros"
- Surgiu em 20 de maio de 1962. Fundado pelos jornalistas Décio Gonçalves de Queiroz e Júlio César de Melo Franco.
Clube Literário Montes Clarense"
- Em novembro de 1888, fundou o Clube Literário Montesclarense, era constituído por alunos da Escola Normal, sendo seu 01 presidente Antônio Teixeira Chaves de Queiroga.
"A Lira"
- Nas oficinas do Correio do Norte, Antônio Augusto Spyer, imprimiu um quinzenário .
"Montes Claros"
- Após 2 anos sem jornal, em fevereiro de 1893, Camilo Prates, Justino Teixeira Guimarães e Antônio Augusto Spyer fundaram um outro semanário, apolítico, que deu 47 números. Essa época o Dr. Honorato Alves, Presidente da Câmara, criou a imprensa oficial, adquirindo a tipografia e editando o "Montes
Claros".
"O Estudante"
- Surgiu em julho de 1893, não teve um ano de vida.
"O Operário"
- Em outubro de 1894 Euzébio Sarmento adquiriu uma tipografia e editou "O Operário", que durou até 1896.
"O Agricultor"
- Ainda Euzébio Sarmento, lança "O Agricultor" em março de 1898, o qual em dezembro de 1899 dá o seu último número .
"A Luta"
- Era lutar contra o "partidarismo extremista da politicagem perniciosa", surgiu em abril de 1899 "A Luta". Durou um ano e pouco.
"D. Joaquim"
- Em homenagem a D. Joaquim Bispo Coadjutor de Diamantina, que nos visitou em maio de 1904, os padres premonstratenses editaram um único número do Jornalzinho.
"A Opinião do Norte"
- A 10 de dezembro de 1905 apareceu o 1º número. Em 1908, o Jornal deixou de circular.
"O Boêmio"
- Milton Prates e José Barbosa Neto editaram a partir de julho de 1906 um Jornal humorístico "O Boêmio" que viveu 2 anos.
"A Veneta"
- Em dezembro de 1906, José Barbosa Neto, fundou o Jornal, humorístico também de vida curta.
"A Verdade"
- Os cônegos premonstratenses adquiriram a tipografia de Euzébio Sarmento e a 01 de maio de 1907, surgiu o primeiro número de "A Verdade".
"Opinião da Norte"
- Dera seu último número em julho de 1908; em setembro desse mesmo ano surgiu "A Opinião do Norte"; nome quase idêntico, nas mesmas oficinas, mas bi-semanário e sem obedecer a partido político. Não durou 1 ano.
"A Tesoura e O Petiz"
- Ainda em 1910 na tipografia de "A Verdade" surgiram dois jornaizinhos: "A Tesoura e O Petiz".
"O Sol"
- Em 1914 (agosto) João Chaves editou "O Sol".
"Boletim Paroquial"
- Em agosto de 1916, a paróquia imprimiu o "Boletim Paroquial".
"O Bisturi"
- Em agosto de 1916 foi lançado "O Bisturi".
"Montes Claros"
- Surge em 11 de maio de 1916 um semanário, dirigido pelo farmacêutico Antônio Ferreira de Oliveira. Depois de circular com algumas interrupções, "Montes Claros", reapareceu em 1920 sob a direção de Antônio Augusto Spyer, José Correia Machado e Honor Sarmento.
"O binóculo"
- É de 1915, dirigido por Eurípedes Moreira e Antônio Marinho.
"O Civilista"
- Circulou em 1916 dirigido por Ciro dos Anjos.
"A Escola"
- Antônio Augusto Durães e José dos Santos Câmara, alunos da Escola Normal, publicaram "A Escola".
"A Braza"
- Em 1919 surgiu "A Braza" tendo como redator João D'Aqui e
caricaturista Zé do Brejo.
"O Gelo"
- Em oposição "A Braza" apareceu "O Gelo" em 1919, redigido por Ari de Oliveira e Onofre Lafetá. Fundado por Mercês Prates e Juraci Prates.
"Formigas"
- Esse foi o título de um quinzenário de Leônidas Câmara e Alfredo Ramos, teve um 1 ano de existência, sob a projeção do "Montes Claros".
"A Liga"
- Surgiu em setembro de 1921, com um programa extraordinário - Combater o Álcool, o analfabetismo, endemias regionais, etc.
"A Ordem"
- Surgiu em 1922, durou pouco tempo.
"O Jahu"
- Surgiu em agosto de 1927, não durou 1 ano.
"A Crítica"
- Geraldo Ferreira e Joaquim Nicodemos Santana editaram "A Crítica", Jornalzinho crítico, quinzenário.
"O Trololó"
- Surgiu em março de 1926, também crítico e quinzenário.
"O cansanção"
- Jornalzinho humorístico sob a direção de 2 alunos da Escola Normal, durou pouco tempo.
"Folha do Norte"
- Fundada em 17 de setembro de 1929. Viveu apenas meses.
"A Cidade"
- J. Macedo dirigiu "A Cidade" que viveu pouco tempo.
"O Brasil"
- Jornal integralista dirigido por Armênio Veloso, Osias Profeta e João Souto. Viveu alguns meses.
"Chuvas de Rosas"
- Com o título em epígrafe surgiu um Jornalzinho único para festa de Santa Terezinha em outubro de 1930.
"O Operário"
- Surgiu em 1931 e foi publicado até 1941.
"Jornal do Sertão"
- Surgiu em julho de 1935, não teve 1 ano de vida.
"17 de julho"
- Deu apenas um número.
"Folha do Instituto"
- Órgão do Instituto Norte Mineiro de Educação, oficialmente se intitula "A Folha"
"A Voz do Estudante"
- Órgão do corpo discente do Ginásio Montes Claros.
"Grumodia"
- Inicialmente com o nome de boletim, surgiu em março de 1946.
"Gangorra"
- Surgiu em 01 de fevereiro de 1946. Viveu pouco tempo.
"Sampaio"
- Em 1948 surgiu um Jornalzinho periódico, pertencente ao Tiro de Guerra.
"O Dever"
- Órgão do Colégio "Imaculada Conceição". Em agosto de 1943 foi substituído por uma revista de publicação periódica.
"Flor de Lácio"
- Bem feita e com forte colaboração de poesias, crônicas, fotografias e noticiários.
"A Tribuna do Norte"
- Surgiu em 01 de janeiro de 1951 sob a direção do Pe. Aníbal Pereira dos Reis.
"O Craque"
- Surgiu em 1943 sob a direção de Expedito Guarinelo.
"O Faval"
- Surgiu em abril de 1954. Viveu pouco.
"O Atirador"
- Surgiu em maio de 1954 sob a direção de Augusto Freire.
"O Esporte"
- Surgiu em 17/05/54. Direção Waldir S. Batista.
"O Seminário"
- Em abril de 1955 surgiu "O Seminário" sob a direção do Pe. Paulo Pimenta.
"Montes Claros em Foco"
- Surgiu em agosto de 1956 sob a direção de Ataliba Machado.
"Encontro"
- Surgiu de 4 amigos idealistas. Direção Presidente Konstantin Cristoff. Gerente - Lúcio Benquerer. Responsável - Décio Gonçalves - Superintendente - Enok Sarmento - Redator-Chefe - Waldir Sena Batista - Dep. Artístico - Konstantin. Sua tiragem está suspensa.
"Gazeta do Norte"
- Surgiu em 5 de julho de 1918.
"Jornal de Montes Claros"
- Surgiu em 01 de setembro de 1951.
"Diário de Montes Claros"
- Surgiu em 20 de maio de 1962. Fundado pelos jornalistas Décio Gonçalves de Queiroz e Júlio César de Melo Franco.
Clube Literário Montes Clarense"
- Em novembro de 1888, fundou o Clube Literário Montesclarense, era constituído por alunos da Escola Normal, sendo seu 01 presidente Antônio Teixeira Chaves de Queiroga.
O Jornal de
Montes Claros
Fundado pelo Cap. Enéas Mineiro de Souza, tendo saido o primeiro número em 01/9/1951. Em 1954 o jornalista Oswaldo Antunes, comprou o Jornal de Montes Claros, convidando para secretário Waldir Sena Batista. Foi apartir daí que a imprensa passou a se ocupar dos problemas locais e regionais, levantando as mazelas da cidade e reivindicando soluções.
Fundado pelo Cap. Enéas Mineiro de Souza, tendo saido o primeiro número em 01/9/1951. Em 1954 o jornalista Oswaldo Antunes, comprou o Jornal de Montes Claros, convidando para secretário Waldir Sena Batista. Foi apartir daí que a imprensa passou a se ocupar dos problemas locais e regionais, levantando as mazelas da cidade e reivindicando soluções.
Diário de Montes Claros
Fundado no dia 20 de maio de 1962, três vezes por semana, não obstante ser "diário". Fazia parte da Empresa S.A. Gráfica Editora de Jornais - SAGRES - presidida pelo Sr. Euler Lafetá e contava com 70 acionistas.
Emissora / Retransmissora de Rádio
O Jornalista Jair de Oliveira teve a iniciativa de
fundar uma estação transmissora de cunho comercial. A 09/05/1944, com 250 watts
na antena, era inaugurada oficialmente a então Rádio ZYD-7. Além dos programas
comerciais, a Rádio ZYD-7, depois chamada de Rádio Sociedade do Norte de Minas,
tornou-se um Centro de Promoções dos artistas locais. Atualmente, a Rádio
Sociedade Norte de Minas, faz parte do "Sistema LBV Mundial", a
partir de 01/07/1995.
Imprensa Televisada
A TV Grande Minas (com sede em Montes Claros e com
3 Sucursais: Teófilo Otoni, Curvelo e Unaí) foi fundada em 25 de setembro de
1972 (na época com o nome de TV Montes Claros e afiliada) possui hoje um total
de 88 funcionários divididos
em 5 departamentos: Comercial, Jornalismo, Administrativo, Engenharia e Programação. Cobrimos uma área de 171 municípios e somos responsáveis pelo fechamento de dois telejornais diários (MGTV 1a. e MGTV 2a. edições) e um programa semanal (O Grande Minas Rural).
em 5 departamentos: Comercial, Jornalismo, Administrativo, Engenharia e Programação. Cobrimos uma área de 171 municípios e somos responsáveis pelo fechamento de dois telejornais diários (MGTV 1a. e MGTV 2a. edições) e um programa semanal (O Grande Minas Rural).
O Cinema em Montes Claros
O primeiro foi o "Cine Ideal", de
propriedade de Joaquim Rabelo Júnior e Jaime Rebello. Num prédio hoje demolido,
na esquina da Rua Lafetá, foi instalado em 1917, sucessor do "Cinema
Recreio" que teve pouca duração, como o Ideal, mesmo com a entrada de
apenas dez tostões. Em julho de 1921, foi inaugurado o "Cine Teatro
Renascença". Esse cinema que teve vários donos, é o precursor do Cine
Montes Claros.
Muitos outros serão mencionados como: O Cinema Cel.
Ribeiro, o Cinema Fátima, o Cinema São Luiz, o Cinema Ipiranga, o Cinema Montes
Claros (acima citado) que sobreviveram muitos deles, até os dias atuais.
Atualmente Montes Claros conta com 03 salas de Cinema Movieplex, instaladas no
Montes Claros Shopping Center.
INDÚSTRIA E COMÉRCIO
A Fábrica do Cedro
A Indústria em Montes Claros começou com a fábrica
do Cedro em 1882. Incentivados pela Lei no. 2.389 de 13 de outubro de 1877, que
prometia juros até 7% sobre o capital que não excedesse 250.000$000, para a
fundação de uma fábrica de Tecidos na freguesia de Montes Claros. Manoel e
Donato Rodrigues, Antônio Narciso Soares, Ângelo de Quadros e Gregório José
Veloso reuniram-se com o capital de 150.000$000 e mais 100.000$000 de
empréstimo e organizaram a Sociedade Rodrigues, Soares, Bitencourt, Velloso e
Cia.
A fábrica começou a funcionar em 1882 com 72
teares, 127 operários e produzindo 30.000 metros de tecidos por mês. Seis anos
depois, na madrugada de 25 de julho de 1889, foi destruída por um grande
incêndio. A fábrica do Cedro foi arrendada e logo arrematada pelo Grupo
Mascarenhas, comprada por Francisco Ribeiro e João Martins da Silva Maia,
depois por Luis Pires e Jaime Rebello. Outra fábrica existia desde 1914 na Av.
Cel. Prates, naquele tempo, Av. Estrela. Pertencia à firma Costa e Cia de José
Antônio da Costa Júnior, Joaquim José da Costa, Deputado Camilo Prates, João
Catoni e João Ribeiro da Silva.
O Cel. Luis Pires comprou-a e transferiu a do
Cedro, reunindo as duas para melhor produção de tecidos. A fábrica foi vendida
para Dr. Plínio Ribeiro que passou-a para o sobrinho Simeão Ribeiro Pires.
Desde a transferência da Fábrica do Cedro o nome passou a ser "Fiação e
Tecelagem Santa Helena", que conserva até hoje, embora pertence à Cia de
Tecidos Santanense, que a comprou do Dr. Simeão.
Intendências e Comércio
As intendências eram ao mesmo tempo mercado, onde
se negociavam gêneros alimentícios, utensílios, ferramentas e outros produtos,
trazidos pelos tropeiros, e rancharia de todos estes. Na Rua Direita, hoje
Justino Câmara, localizava-se a mais antiga intendência: a do Chico Durães -
Francisco Durães Coutinho - político e Vereador. Foi construída em 1831, por
José Gonçalves Pereira Branco, tendo um lado para o largo da Matriz. A outra
chamada intendência do Pedro Gordo, tinha a frente para a mesma Rua Direita e
um lado para a Rua da Raquel, e hoje é a Rua Padre Teixeira.
Há referências sobre mais duas intendências: a de
Lucas Pereira dos Anjos, na Praça Dr. Carlos Versiani, onde hoje é a Casa
Alves, e, a da família Miranda, na Rua Dr. Santos, entre a Rua Dom Pedro II e a
Rua Padre Augusto.
Na antiga Rua Direita intensificava-se o comércio, passando por isso, a chamar-se Rua do Comércio. O nome de Rua Direita é hoje Rua Dr. Veloso.
Na antiga Rua Direita intensificava-se o comércio, passando por isso, a chamar-se Rua do Comércio. O nome de Rua Direita é hoje Rua Dr. Veloso.
A riqueza do município provinha do gado, salitre,
couros e peles, que eram exportados para Diamantina, Serro, Grão Mogol e Minas
Novas.
LISTA DE EX PREFEITOS DE MONTES CLAROS
Nome: José Pinheiro Neves
Período: 1832 a 1835 |
Nome: Padre Felipe P. de Carvalho
Perído:1836 a 1839 |
Nome: Cônego Antônio Gonçalves Chaves
Período: 1840 a 1851 |
Nome: Dr. Carlos José Versiani
Período: 1852 a 1868 e 1892 a 1894 |
Nome: Cel. Justino Andrade Câmara
Período: 1869 a 1873 e 1877 a 1880 |
Nome: Francisco Durães Coutinho
Período: 1873 a 1876 |
Nome: Alferes Antônio José Domingues
Período: 1877 |
Nome: Sílvio Teixeira de Carvalho
Período: 1881 a 1882 |
Nome: Joaquim Alves Sarmento
Período: 1883 a 1886 |
Nome: Pedro Araújo de Abreu
Período: 1887 |
Nome: Vítor Quirino de Souza
Período: 1888 a 1890 |
Nome: Camilo Philinto Prates
Período: 1890 a 1892 |
Nome: Celestino Soares da Cruz
Período: 1892 a 1893 |
Nome: Dr. Honorato José Alves
Período: 1893 a 1896 e 1905 a 1908 |
Nome: Major Simeão Ribeiro Pires
Período: 1897 a 1900 |
Nome: Padre Augusto Prudêncio da Silva
Período: 1901 a 1904 |
Nome: Dr. João José Alves
Período: 1909 a 1912 e 1917 a 1922 |
Nome: Cel. Joaquim José da Costa
Período: 1912 a 1916 |
Nome: Cel. Antônio Pereira dos Anjos
Período: 1923 a 1926 |
Nome: Dr. João Correia Machado
Período: 1927 |
Nome: Pedro Augusto Veloso
Período: 1928 |
Nome: Dr. Alfredo de Souza Coutinho
Período: 1928 a 1931 |
Nome: Orlando Ferreira Pinto
Período: 1931 a 1932 |
Nome: Cel. João Martins da Silva Maia
Período: 1932 a 1933 |
Nome: Carlos Pereira dos Santos
Período: 1933 a 1934 |
Nome: Mário Versiani Veloso
Período: 08.03.1934 a 24.05.1934 |
Nome: Floriano Neiva de Siqueira Torres
Período: 1934 a 1935 |
Nome: Dr. José Antônio Saraiva
Período: 1935 a 1936 |
Nome: Dr. Antônio Teixeira de Carvalho
Período: 1937 a 1942 |
Nome: Dr. Alfeu Gonçalves de Quadros
Período: 1942 a 1947 e 1950 a 1955 |
Nome: Professor Athos Braga
Período: 1948 |
Nome: Carlos Leite
Período: 1949 |
Nome: Capitão Enéas Mineiro de Souza
Período: 1951 a 1954 |
Nome: João Lopes Martins
Período: 1954 |
Nome: Dr. João F. Pimenta
Período: 1955 a 1956 |
Nome: Dr. Geraldo Athayde
Período: 1957 a 1958 |
Nome: Dr. Simeão Ribeiro Pires
Período: 1959 a 1962 |
Nome: José Maia Sobrinho
Período: 1962 |
Nome: Dr. Pedro Santos
Período: 1963 a 1965 e 1971 a 1972 |
Nome: Antônio Lafetá Rebello
Período: 1966 a 1970 e 1977 a 1982 |
Nome: Dr. Moacir Lopes
Período: 1973 a 1975 |
Nome: Ivanir Pereira (Substituiu o pref. Moacir Lopes)
Período: 1976 |
Nome: Dr. Mário Ribeiro da Silveira
Período: 1989 a 1992 |
Nome: Luiz Tadeu Leite
Período: 1983 a 1988 e 1993 a 1996 |
Nome: Jairo Ataíde Vieira
Período: 1997 a 2000 e 2001 a 2004 |
Nome: Athos Avelino Perira
Período: 2005 a 2008 |
A PRAÇA
Haroldo Tourinho Filho
A família morava na doutor João Alves, praça que vi ser construida.
Era um terrenão baldio, fofo, dois dedos de um pó amarelo lembrando
ouro de aluvião. Nem árvore ou pé de mamona, sequer um reles arbusto
a adorná-lo. Total desolação, não fosse o cruzeiro enfincado no centro
da terra nua. De aroeira, certamente, pois ainda resiste, transplantado
para o interior do grupo escolar Gonçalves Chaves quando do ajardinamento
do logradouro.
Foi ali, numa esquina da praça-pó, defronte ao antigo Instituto Norte-Mineiro
de Educação (atualmente Automóvel Clube), que vi, ao vivo, meu primeiro
cadáver.
Não me lembro de sangue ao lado do corpo do mulato adulto, idade indefinida,
mas comentavam ao redor ter sido o mesmo assassinado a tiros. Eram sete da
manhã, se tanto. Foi juntando gente. Uma beata de preto, a caminho da Catedral,
tomou-me pela mão dizendo que menino não podia ver aquilo. Mas ainda vi, com
o rabo do olho, cobrirem o defunto com jornais, a espera da polícia.
Ficou bonita, a praça, depois de pronta: calçadas largas, bancos, gramados,
árvores várias por crescer, flores, jardins, área de recreação em frente ao
grupo
escolar e, luxo supremo na Montes Claros de então, luminárias com lâmpadas a
vapor de mercúrio!
Tornou-se a nova praça o paraíso dos namorados, soldados do batalhão da PM e
rapazes
do Tiro de Guerra (ambos os quartéis ficavam ali perto, o da PM na praça
Demóstenes
Rochester, que leva a estátua de Francisco Sá, e o do TG no largo de terra
batida da
antiga estação ferroviária da Central do Brasil) e outros, todos caídos de
amores pelas
empregadas domésticas das vizinhanças. Ah, quantas juras de amor eterno e
promessas
de casamento não foram proferidas naqueles bancos! Oh, quantos suspiros e
abraços, beijos
ardentes, bolinas e amassos testemunhamos nós, meninos, de passagem ou metidos
nas
moitas, entreabrindo-lhes os galhos para ver e aprender!
Mas a doutor João Alves sempre foi praça mal amada: sua alma, a meninada
do grupo escolar, sempre a pisoteou, geração após geração. Exceto durante os
dois ou três anos em que o temido Bigode de Arame (Exupério Ferrador, devido ao
antigo ofício de ferrador de gado) a vigiou. Contava-se ter sido ele cangaceiro
de Lampião,
daí a meninada se mijar ao vê-lo. Mas era boa gente, o Bigode. Somente
assustava, o pobre
velho. E estava ali para isso, servidor que era da prefeitura, para regar
plantas e gramados,
ralhar e fingir correr atrás dos pestes que pisavam na grama, arrancavam flores
e
subiam nos bancos. Eu ou Roberto, até então meu irmão caçula, muitas vezes
levávamos café e pão com manteiga para ele. Nessas ocasiões podíamos observá-lo
de perto.
O bigodão, de fios grossos, longos, retorcidos, realmente dava medo. Os olhos,
miúdos, negros,
profundos, impenetráveis. Barba sempre por fazer. No mais a figura de cor
parda, esquálida,
pobremente vestida, de alpercatas de couro cru, já andada em anos, causava
antes pena do que
temor. Éramos amigos.
O toque final na praça, o arremate, fora a implantação, no lugar exato do velho
cruzeiro, de
uma acrocefálica cabeça em homenagem ao médico que lhe empresta o nome.
Diretamente
afixada sobre um pedestal de cimento granulado, ou seja, sem pescoço, a
cabeçorra
desapareceu sem deixar vestígio alguns anos atrás. Devido ao seu peso -
disseram alguns
quando do fato - simples ladrões não poderiam tê-la carregado. "Está nos
porões da
prefeitura", afirmam outros. O certo é que ninguém sabe que fim levou o
tal monumento, a
não ser quem o tirou de lá. Resta a base, um monolito pichado. A placa de
bronze com os
dizeres de praxe, nele afixada, também evaporou...
PROJETO TERRA FORMICIS
EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS DO PROJETO "TERRA FORMICIS"
O autor
Tudo da terra
Inspirado nas pinturas Aborígenes (Australia)
Máscara Indígena
Mandala
Pintura com pigmento natural
Projeto desenvolvido no CSENSA - Centro Socioeducativo do Adolescente
Nossa Senhora Aparecida
Montes Claros - MG
O Banner
O processo
Nichos com engobe de terra de formigueiro e pigmento matural (tauá e tabatinga)
Tauá (pigmento natural)
Oratório de parede com engobe de terra de formiga e pigmento natural
Tauá "in natura"
Oratório de Parede
Imitando a natureza
O processo
O produto
Paisagem em paper clay e pigmento natural (tauá e tabatinga)
OBJETOS COM MOSAICO DE CASCA DE OVO DE AVESTRUZ E
PIGMENTO NATURAL
OBJETOS COM MOSAICO DE CASCA DE OVO DE AVESTRUZ E
PIGMENTO NATURAL
4 comentários:
Parabéns Olívio pela iniciativa de demonstrar e assim incentivar outras pessoas a praticarem e concomitantemente desgustarem de algo tão essencial e precioso para o ser humano... a ARTE!!!
OLÍVIO ROCHA!!!! GRANDE ARTISTA NATO DE MONTES CLAROS!!! JÁ NASCEU COM O DOM DA ARTE, SEJA NA MÚSICA, NAS ARTES PLÁSTICAS, NA PINTURA, EM TODOS OS RAMOS ELE ESTÁ ALI "PINTANDO" SUA ARTE DEMONSTRANDO TODO O SEU TALENTO. PARABÉNS PELA PÁGINA, MUITO ENRIQUECEDORA E BACANA PARA SABERMOS SOBRE A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE. CONTINUE BRILHANDO NESSE MUNDO DAS ARTES, VOCÊ NASCEU PARA ISSO. SUCESSO!!!!!!!!!!!!!!!! ARIANNE
Terra Formicis,
Peças produzidas do barro, do engobe da terra, mostrando a cultura da nossa belíssima Terra. Trabalho simples e genuíno de um grande artista que tem suas bases enfincadas e formadas nestes Montes Claros do Arraial das Formigas.
Parabéns.
Hugo
Obrigado, Hugo.
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